Painéis solares instalados em telhado residencial com inversor e medidor bidirecional conectados à rede elétrica da copel em Londrina

Os erros mais comuns ao instalar energia solar On-Grid e como evitá-los.

Descubra os principais erros ao instalar um sistema solar On-Grid e aprenda como evitá-los com boas práticas e exemplos reais. Guia técnico completo da BF Solar.

Instalar um Kit Solar On-Grid conecta sua residência ou empresa à rede elétrica, permitindo gerar economia, injetar excedentes e garantir retorno do investimento.
No entanto, muitos projetos falham ou têm desempenho aquém do esperado por causa de erros que poderiam ter sido evitados.

Como empresa especializada com centenas de sistemas fotovoltaicos homologados junto à COPEL e outras concessionárias do Brasil, a BF Solar observa rotineiramente falhas de planejamento, execução e comissionamento. Neste artigo, reunimos os erros mais comuns que vemos em campo, e mostramos como você pode evitá-los, garantindo segurança, eficiência e longevidade ao seu investimento.

 “É mais barato e inteligente prevenir erros do que consertar prejuízos.”

Erro no dimensionamento do sistema fotovoltaico

Um dos erros mais frequentes que observamos nas instalações On-Grid mal sucedidas é o dimensionamento incorreto, ou seja, escolher potência do sistema muito abaixo ou muito acima do necessário. Isso resulta em:

– Geração insuficiente para atender o consumo real → o sistema não gera economia esperada
– Sobredimensionamento caro demais → investimento estagnado, menor retorno

Por que isso acontece?

1. Uso de estimativas superficiais, com base em “achismos” e sem validação do telhado

2. Falta de histórico de consumo (últimos 12 meses), consumos em diferentes estações do ano variam bastante

3. Não considerar expansão futura (como veículos elétricos, ar-condicionado extra, eletrodomésticos novos)

4. Desconsiderar perdas (inversor, eficiência do módulo, perdas de temperatura e sombreamento)

Como a BF Solar faz o dimensionamento correto

– Coleta de 12 faturas de energia elétrica para mapear perfil de consumo mensal, levando em consideração as estações do ano

– Simulação por software especializado (irradiância, perdas térmicas, sombreamento)

– Margem de segurança para o futuro (previsão de crescimento moderado)

– Avaliação de curva de geração por hora (não apenas estimativa diária)

Cálculo de exemplo real para Londrina-Pr

 Sabendo que 1 kW de sistema pode gerar em Londrina (considerando perdas e eficiência) entre 140 a 160 kWh/ mês (estimativa comum usada no setor)

 Então seria necessário um sistema entre 3,75 kW e 4,3 kW para suprir 600 kWh mensalmente.

Consumo mensal estimado (kWh)Potência estimada do sistema (kW)Produção estimada mensal (kWh)Observação / margem
300 kWh2,0 – 2,5 kW280 – 350 kWhpode haver déficit
450 kWh3,0 – 3,3 kW420 – 530 kWhleve sobra
600 kWh3,75 – 4,3 kW560 – 690 kWhideal para autossuficiência
800 kWh5,0 – 5,4 kW750 – 860 kWhpode gerar crédito na rede
1.000 kWh6,0 – 6,7 kW900 – 1.050 kWhinteressante sistema maior

Nota: Este quadro é apenas uma estimativa para apresentar os valores de produção estimada mensal já considerando perdas (sombreamento, eficiência do módulo, perdas elétricas). A margem usada pode variar conforme o projeto específico.

Dica técnica

É essencial considerar coeficiente de performance por Cidade (pois cada cidade tem radiação solar única), perdas na fiação e temperatura, para ajustar o dimensionamento real do sistema.

– Use dados de 12 meses de consumo real da concessionária

– Aplique coeficiente de performance (Cidade/Estado) e perdas térmicas para ajustar a geração prevista

– Use simulações hora a hora (não apenas médias)

– Sempre prever expansão futura do sistema

– Ajuste o dimensionamento considerando características do local (sombras, orientações, inclinação)

Escolher módulos e inversores de baixa qualidade

Um erro comum e extremamente crítico em projetos de usinas solares On-Grid é usar módulos ou inversores sem certificação, de baixa eficiência ou marcas duvidosas. Isso compromete rendimento, durabilidade e até a viabilidade do sistema.

Por que isso é problemático

– Equipamentos sem certificação podem não atender normas de segurança, risco de falhas elétricas, sobrecarga, curto-circuito, arco voltaico.

– Eficiência reduzida implica menor geração de energia ao longo da vida útil.

– Garantias falsas ou não cumpridas.

– Reprovação de homologação junto à concessionária por uso de equipamentos não conformes.

– Desvalorização do imóvel ou dificuldade de revenda.

Normas e certificações obrigatórias no Brasil

 Os módulos fotovoltaicos comercializados no Brasil devem atender à certificação do INMETRO, conforme a Portaria nº 140/2022 e as normas internacionais IEC 61215 (desempenho e durabilidade) e IEC 61730 (segurança) :{index=0}

 Recentemente, a ABNT publicou a norma NBR IEC 61215-1:2024, detalhando 21 ensaios obrigatórios para módulos fotovoltaicos, reforçando os requisitos mínimos de qualidade no mercado nacional. :{index=1}

 Para inversores fotovoltaicos (até 10 kW), é obrigatória a certificação segundo a Portaria INMETRO 004/2011, que regulamenta ensaios de desempenho e segurança para equipamentos destinados a sistemas conectados à rede. :{index=2}

 “A certificação compulsória de inversores foi regulamentada pela Portaria 004/2011 do INMETRO, equipamentos com potência até 10 kW devem ser obrigatoriamente testados e certificados em laboratórios designados.” :{index=3}

Como a BF Solar escolhe módulos e inversores confiáveis

1. Trabalhamos apenas com equipamentos que apresentam certificação INMETRO vigente, além de normas IEC aplicáveis.

2. Seleção de fabricantes com bancabilidade e histórico no mercado solar, ou seja, empresas consolidadas que oferecem garantias reais.

3. Verificação de relatórios de ensaios (laboratórios reconhecidos) e rastreabilidade do lote.

4. Preferência por modelos com eficiência acima de 20 % e baixa degradação (por exemplo, coeficiente de degradação < 0,25 %/ano).

5. Homologação interna: cada lote passa por testes de performance em campo antes de uso em projetos reais.

6. Atualmente trabalhamos com as marcas como SAJ, Solis, Sungrow, WEG e BYD

Exemplos comparativos de impacto

Suponha dois módulos de 620 Wp cada:

– Módulo A (certificado, alta eficiência): rendimento real ≈ 98 %, menor degradação
– Módulo B (sem certificação): rendimento real ≈ 90 %, risco de falha precoce

Em 10 anos, o módulo A pode gerar ~8% a mais de energia acumulada, compensando o investimento inicial mais alto.

Boas práticas recomendadas

  1.  Exigir certificações de conformidade INMETRO com relatório de ensaios
  2.  Verificar datas de vencimento ou validade da certificação
  3.  Exigir garantia por escrito (mínimo 12-15 anos para módulo, 5–10 anos para inversor)
  4.  Conferir histórico da marca no mercado nacional
  5.  Evitar produtos “piratas” ou “genéricos” sem documentação
CritérioEquipamentos certificados / alta qualidadeEquipamentos não certificados / baixa qualidade
Certificação obrigatóriaINMETRO + IEC 61215 / IEC 61730 / Portaria 004/2011Ausência de certificação ou documentação questionável
Eficiência real / degradaçãoEficiência ≥ 20 %, degradação ≤ 0,25 %/anoEficiência menor, degradação acelerada, perda de performance
Segurança elétricaEnsaios de isolação, testes de arco, proteção contra sobrecargaRisco maior de falhas elétricas, curto-circuitos ou superaquecimento
GarantiaGarantia de 10–15 anos (módulo) / 5–10 anos (inversor), garantias documentadasGarantia vaga, falta de respaldo ou roubo de garantia
Homologação junto à concessionáriaEquipamentos reconhecidos pela COPEL e aceitos em procedimentos de homologaçãoEquipamentos rejeitados ou com baixa aceitação para conexão à rede
Risco de falhas no médio prazoBaixo risco, vida útil projetada elevadaFalhas mais frequentes, custos de manutenção elevados

Instalar painéis em posição e inclinação incorretas

Mesmo um sistema bem dimensionado pode render muito abaixo do esperado se os módulos forem instalados com orientação, inclinação ou posicionamento inadequado. Essa é uma falha comum que reduz a geração anual em 10 % a 25 % ou mais.

Por que isso impacta tanto

 A eficiência da captação solar depende diretamente do ângulo de incidência dos raios solares, quanto mais perpendicular, mais energia gerada.
 Se o módulo estiver inclinado demais ou de menos, ou apontando para leste/oeste em vez de norte (no Hemisfério Sul), perde-se rendimento.
 Obstáculos do entorno (árvores, chaminés, edifícios) criam sombras parciais que afetam “strings” inteiras de módulos.
 Não considerar a declinação solar local (latitude) e a trajetória solar ao longo do ano.

Dados práticos

Para a região de Londrina (latitude ~ 23° S), a inclinação ideal em usinas de solo costuma estar entre 20° a 25° para capturar bem ao longo do ano.
Segundo estudos de irradiância para o norte do Paraná, os valores médios de radiação possibilitam bom aproveitamento dentro desse intervalo.

Além disso, um módulo instalado com inclinação muito distante desse ideal pode perder até 12 % do rendimento em alguns meses.
A orientação ideal para módulos em sistemas residenciais On-Grid na região de Londrina-Pr é face norte (no Hemisfério Sul), evitando orientações leste/o­este ou sombreadas.

Como evitar esse erro com boas práticas

1. Exigir que seja feita simulação com software (ex: PVSyst, PV*SOL) que modela trajetória solar, inclinação ideal e sombreamento

2. Avaliar o local de instalação com fotos e análise de obstáculos em todas as direções

3. Definir inclinação do módulo compatível com a latitude (ex: 20°–25° para Londrina)

4. Priorizar orientação norte-geográfica, evitando orientações leste/o­este exceto em casos justificados

5. Quando houver sombreamento parcial inevitável, considerar o uso de otimizadores de potência (microinversores ou optimizers) para mitigar perdas por sombra

6. Prever espaço entre fileiras para evitar auto-sombreamento (distância entre fileiras conforme altura e inclinação)

Ignorar o sombreamento parcial

Mesmo sombras pequenas podem causar perdas consideráveis em sistemas fotovoltaicos. Muitos projetos falham porque o sombreamento parcial não foi avaliado corretamente. Este é um erro grave que compromete eficiência e retorno.

Por que o sombreamento parcial é perigoso

Uma célula sombreada em um módulo pode “limitar” a corrente de toda a string, reduzindo a produção do conjunto. Estudos mostram perdas de 18 % a 55 % dependendo da porcentagem de sombra e configuração do módulo.
 Mesmo sombras transitórias (árvores, mastros, difíceis, etc ) feitos em determinados horários ao longo do ano causam impacto cumulativo. Equipamentos como diodos de bypass ajudam, mas não eliminam completamente o problema.

Como mitigar sombras em projetos On-Grid

1. Realizar análise de sombreamento 360° ao longo do ano (software ou levantamento local)

2. Posicionar módulos no local mais livre de sombras (evitar proximidade de árvores, antenas, chaminés)

3. Usar otimizadores de potência (DC optimizers) ou microinversores, de forma que cada módulo opere de forma independente (ou menos dependente) da corrente dos demais módulos.

4. Estruturar strings de modo que módulos mais suscetíveis a sombra fiquem em paralelo com outros mais “limpos”

5. Garantir espaço adequado entre fileiras de módulos para prevenir “auto-sombreamento”

6. Em casos de sombra inevitável, considerar o uso de painéis com tecnologia “shade tolerant” ou com célula partida (cut-cell)

Exemplo prático de impacto

Considere um string de 10 módulos idênticos. Se um módulo ficar parcialmente sombreado, esse módulo limita a corrente total da string, reduzindo a produção de todos os módulos na mesma série. Mesmo que os outros 9 módulos estejam em plena exposição, a corrente será limitada pela célula sombreada.

Se você usar otimizadores (ou microinversores), cada módulo age individualmente, reduzindo o impacto de sombra parcial ao mínimo, porque não há “gargalo” de corrente para toda a string.

Boas práticas de mitigação no âmbito da BF Solar

– Sempre incluir análise de sombreamento no levantamento técnico

– Usar modelos 3D ou fotografias do local (ex: drone, imagens esféricas) para prever sombras ao longo do ano

– Incluir orçamento para otimização (otimizadores ou microinversores) quando necessário

– Documentar no projeto as zonas de sombra e impacto previsto

– Avaliar custo-benefício: em muitos casos, os ganhos de produção compensam o investimento extra

Erros na instalação elétrica e proteção

A parte elétrica não pode ser vista como “apenas o cabo que liga o painel ao inversor”. Muitos projetos falham justamente por erros no dimensionamento de cabos, proteção contra sobrecorrentes, seccionamento, aterramento e sobretensões. Esses deslizes comprometem segurança, rendimento ou mesmo integridade do sistema.

Principais erros observados

– Utilizar cabos inadequados para corrente contínua (DC), com isolação frágil ou sem proteção contra radiação UV

– Subdimensionar bitolas de cabos, causando aquecimento e perdas por efeito Joule

– Ausência de dispositivos de proteção adequados (fusíveis, disjuntores, DPS)

– Falta de seccionamento/ isolamento para manutenção segura

– Aterramento mal projetado ou inexistente

– Sobretensões não previstas / não protegidas

Normas que regulam instalações elétricas fotovoltaicas no Brasil

– A ABNT NBR 16690:2019 trata especificamente de requisitos de projeto para instalações elétricas de arranjos fotovoltaicos (cabos, dispositivos de proteção, seccionamento, aterramento).

– A NBR 16690 refere que cabos e dispositivos devem seguir, junto com a NBR 16690, outras normas elétricas como a NBR 5410 (baixa tensão) e a NBR 5419 (proteção contra descargas atmosféricas).

– Para o cabeamento DC, deve-se usar cabos com certificação solar (norma NBR 16612), isolação dupla, resistência térmica e proteção contra radiação UV.

– No dimensionamento de cabos e proteção, a NBR 16690 exige que condutores sejam dimensionados considerando as correntes de projeto, agrupamentos, temperatura ambiente e perdas elétricas.

Como a BF Solar evita esses erros

1. Dimensionamento criterioso de cabos
– Utilizamos cálculos conforme NBR 5410 / NBR 16690 / NBR 16612, considerando correntes de projeto, comprimento dos trechos e fatores de correção para agrupamento.
– Evitamos trechos com cabo exposto sem proteção UV ou sob condições adversas.

2. Proteções DC e AC adequadas
– Inserção de disjuntores/fusíveis DC apropriados (fusão tipo gPV quando aplicável)
– Instalação de DPS (dispositivo de proteção contra surtos) nos lados DC e AC
– Seccionadores / isoladores para segurança em manutenção

3. Seccionamento e manobra segura
– Garantir que em caso de manutenção ou falha seja possível isolar todo o string ou módulo com segurança
– Uso de dispositivos de manobra isolados que interrompam todos os condutores simultaneamente

4. Aterramento e equipotencialização
– Integrar o sistema fotovoltaico ao sistema de aterramento da edificação
– Fazer equipotencialização entre estruturas metálicas e carcaças, conforme normas ABNT
– Preparar projeto de aterramento conforme risco local e conforme NBR 5419

5. Documentação e verificação final
– Realizamos checklist de inspeção elétrica (resistência de isolação, continuidade de aterramento, polaridade, ensaios)
– Geramos laudo técnico que comprova conformidade com normas antes de homologar o sistema

Não seguir o processo de homologação da COPEL corretamente

Uma das etapas mais críticas na implantação de um sistema energia solar On-Grid é a homologação junto à concessionária, no caso do Paraná, a COPEL. Se for ignorada ou executada com falhas, pode haver atrasos, reprovações ou até impedimento de uso do sistema.

O que é homologação e por que ela é indispensável

 A homologação formaliza a conexão do sistema ao sistema elétrico da distribuidora, possibilitando a operação legal e a compensação de excedentes de energia. No caso da COPEL, existe uma série de Normas Técnicas (NTCs) que padronizam o acesso à geração distribuída.

 Conforme o módulo 3 do PRODIST (Procedimentos de Distribuição da ANEEL), a distribuidora pode exigir vistoria e troca do medidor por um dispositivo bidirecional.

Procedimentos e prazos aplicáveis pela COPEL

1. Solicitação de Acesso / Conexão (Pedido de Acesso)
O proprietário ou a empresa instaladora deve protocolar formalmente, via sistema da COPEL, o pedido de conexão para microgeração ou minigeração.
Documentos exigidos incluem:
– Projeto elétrico completo com componentes, fluxos e proteção
– ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do profissional responsável
– Documentação técnica dos equipamentos (datasheets, certificações)
– Termo de responsabilidade com informações técnicas do inversor e conformidade
– Planta do local, memorial descritivo, layouts

2. Análise do projeto pela COPEL / emissão de orçamento de conexão
A COPEL avalia a viabilidade técnica do pedido. Para microgeração (potência até 75 kW), o prazo para emissão de orçamento de conexão é de 15 dias. Se houver necessidade de obras no sistema de distribuição, esse prazo pode se estender para até 30 dias.

3. Execução da instalação e solicitação de vistoria
Após aprovação, a instalação do sistema deve seguir criteriosamente o projeto aprovado. Uma vez concluída, deve ser solicitado vistoria junto à COPEL para verificar conformidade com as exigências técnicas.

4. Vistoria técnica pela COPEL
A COPEL realiza vistoria no local para confirmar se a instalação respeita as normas e o projeto aprovado. Para microgeração com tensão de conexão até 2,3 kV, o prazo de vistoria é de até 5 dias úteis. Para tensões maiores, prazos se estendem conforme faixas até 10 ou 15 dias úteis.
Se forem encontradas pendências, a distribuidora deve fornecer relatório escrito em até 3 dias úteis com as exigências de correção.

5. Troca de medidor e início da operação
Uma vez aprovado na vistoria, a COPEL substitui o medidor convencional por um medidor bidirecional, permitindo registrar tanto o consumo quanto a injeção de energia. Só então o sistema começa a operar formalmente e o regime de compensação entra em vigor.

Principais erros relacionados à homologação

– Enviar projeto incompleto ou com dados técnicos insuficientes

– Utilizar equipamentos sem certificação exigida (INMETRO ou homologados pela COPEL)

– Esquecer de incluir ART ou assinatura do responsável técnico

– Subestimar o prazo de análise ou não acompanhar o processo

– Não corrigir pendências apontadas pela vistoria no prazo

– Falta de compatibilidade entre o projeto aprovado e a instalação executada

Como a BF Solar garante homologação sem dor de cabeça

  •  Trabalhamos com modelo padronizado de projeto compatível com as NTCs da COPEL e normas do PRODIST
  •  Acompanhamos o processo até a aprovação, intervindo caso haja exigências técnicas
  •  Garantimos que a instalação corresponda exatamente ao projeto aprovado pela distribuidora
  •  Realizamos inspeção interna e pré-vistoria antes de solicitar a vistoria oficial
  •  Auxiliamos o cliente em todos os trâmites documentais e regimentais

Não realizar testes e comissionamento adequado

Mesmo com projeto detalhado e instalação correta, falhas ocorrem quando não se realiza o comissionamento completo e rigoroso. Essa etapa é essencial para garantir que o sistema irá operar com segurança, desempenho e confiabilidade desde o primeiro dia

O que é comissionamento e por que ele importa

O comissionamento é o conjunto de ensaios, inspeções e verificações que devem ser efetuados antes da energização e no início de operação para validar que tudo foi instalado conforme projeto técnico. Ele permite identificar erros ocultos (falhas elétricas, inversor mal configurado, polaridade invertida, circuitos com baixa isolação etc.) antes que causem danos maiores.
Segundo a norma NBR 16274, todo sistema fotovoltaico conectado à rede precisa seguir um regime mínimo de ensaios elétricos de categoria 1, incluindo testes de continuidade, polaridade e resistência de isolação.

Principais testes e inspeções do comissionamento

Tipo de teste Objetivo / o que verificar Observações / melhores práticas
Continuidade do aterramento Garantir que todas as partes metálicas estejam corretamente conectadas ao sistema de aterramento Usar multímetro ou miliohmímetro; valor de resistência deve estar dentro dos limites aceitáveis
Ensaio de polaridade Verificar se os cabos positivos e negativos estão corretamente identificados e conectados Deve ser feito antes da energização
Tensão de circuito aberto (Voc) Sob condições de irradiância apropriadas, medir a tensão entre polos de string Comparar com valor esperado nos datasheets
Corrente de string / corrente de curto (Isc) Verificar a corrente de operação / máxima das strings Usar alicate CC ou equipamento específico; cuidado com o ambiente
Resistência de isolamento Verificar o isolamento elétrico entre condutores e terra / estrutura Aplicar tensão com megômetro; valores típicos exigem megohms
Inspeção visual Checar integridade mecânica, conexões, torque, fixações, condição dos cabos e módulos Deve preceder os testes elétricos
Testes funcionais do inversor Ligar o inversor e monitorar parâmetros de tensão, corrente, potência, alarmes Confirmar que os valores medidos estão dentro das tolerâncias esperadas
Verificação de desempenho vs simulação Comparar a produção observada nos primeiros dias ou meses com os valores estimados no projeto Identificar desvios, perdas inesperadas ou ajustes necessários no sistema

Boas práticas da BF Solar no comissionamento

✅ Realizamos checklist completo (elétrico + mecânico) antes de energizar o sistema
✅ Verificamos cada string, conexão, torque e conformidade com o projeto técnico
✅ Realizamos os testes nas condições ideais de irradiância (quando possível, irradiância ≥ 700 W/m²) para reduzir erro nas medições elétricas 
✅ Monitoramos o sistema nos primeiros dias de operação para confirmação de estabilidade e correção antecipada de desvios
✅ Documentamos todos os resultados, fotos dos testes e registros em laudo técnico — parte essencial para homologação e garantia

Falta de manutenção preventiva

Mesmo um bom sistema, bem instalado e com comissionamento correto, perde desempenho com o tempo se não receber manutenção preventiva. Esse descuido é uma das causas mais comuns de degradação acelerada ou falhas prematuras.

Por que a manutenção é essencial

  • Sujeira, poeira, fuligem ou excrementos (pássaros) nos módulos reduzem a captação de luz e podem causar sombreamento parcial implícito.
  • Conexões elétricas soltas ou corroídas levam à perda de rendimento ou risco de falhas elétricas.
  • Inversores ou componentes eletrônicos podem apresentar degradação se não forem monitorados e mantidos.
  • Manutenção ajuda a preservar garantias comerciais e técnicas.

Frequência recomendada

AtividadeIntervalo sugerido
Limpeza dos painéisa cada 3 a 6 meses (dependendo de acúmulo de sujeira)
Verificação de conexões elétricaspelo menos uma vez por ano 
Inspeção do inversor / funcionamentomonitoramento contínuo + revisão anual
Testes de isolamento / segurança elétricauma vez por ano ou sempre que houver anomalias

Boas práticas adotadas pela BF Solar

✅ Realização de inspeção visual completa e testes elétricos em cada visita de manutenção

✅ Registro fotográfico e monitoramento dos dados do sistema para verificar desvios

✅ Abertura de ordens de serviço corretivas imediatas, caso alguma anomalia seja identificada

✅ Contratação de plano de manutenção programado para garantir vida útil e performance

Contratar empresas sem credenciais ou experiência

Um erro estratégico grave é optar por empresas que não têm certificações, credibilidade técnica ou histórico comprovado. Isso afeta não só o resultado do sistema, mas a confiabilidade, garantia e pós-venda.

Riscos de contratar empresas inadequadas

  • Projetos sem ART / CREA / responsabilidade técnica
  • Falta de documentação para homologação
  • Equipamentos de baixa qualidade ou sem garantia
  • Mau dimensionamento, erros de instalação e falta de suporte
  • Risco de abandono ou falta de assistência futura

Como escolher uma empresa confiável

✅ Verificar projetos realizados e depoimentos de clientes

✅ Exigir apresentação de certificações, credenciamento ou qualificações técnicas

✅ Confirmar a existência de responsável técnico (engenheiro elétrico) e registro profissional

✅ Obter referências locais ou regionais

✅ Analisar portfólio com sistemas On-Grid homologados (ex: na área de atuação junto à COPEL)

✅ Avaliar transparência nos orçamentos e no escopo de serviço

“Antes de contratar uma empresa, siga estas orientações muito simples: procure empresas na sua cidade/região, verifique indicações, peça histórico de sistemas já instalados”

Não prever expansão futura do sistema

Quando o projeto inicia sem levar em conta consumo futuro (ar-condicionado extra, piscina elétrica, carro elétrico), o sistema pode ficar “engessado” e exigir retrabalho dispendioso.

Por que planejar expansão é tão importante

  • Permite crescimento sem reformulações complexas no projeto elétrico
  • Evita redimensionar cabos ou quadros futuramente
  • Economiza custos de mão de obra futura
  • Oferece flexibilidade para adição de baterias, recarga de VE, cargas extras

Boas práticas para prever expansão

✅ Analisar histórico de consumo e projetar cenários de crescimento moderado

✅ Incluir margem de potência nos equipamentos (inversor, cabos) para expansão futura

✅ Dimensionar o sistema inicial de modo modular (facilidade de adição)

✅ Informar o cliente sobre cenários futuros recomendados (ex: 20 % adicional)

✅ Documentar no projeto técnico a possibilidade futura de expansão

Conclusão e encaminhamento final

Instalar um sistema de energia solar On-Grid pode ser uma excelente decisão econômica, técnica e sustentável, mas o sucesso depende muito mais do que “apenas colocar painéis no telhado”. Os erros que listamos desde dimensionamento inadequado até falhas no comissionamento e falta de manutenção, são precisamente os obstáculos que transformam oportunidades em dores de cabeça.

Ao longo deste artigo, vimos:

– A importância de dimensionar corretamente o sistema, com base em consumo real e margens técnicas.
– Por que a escolha de módulos e inversores certificados é fundamental para segurança, desempenho e homologação.
– Como posicionamento errado (inclinação/orientação) e sombras parciais atrapalham seriamente a geração.
– Os riscos de erros elétricos (cabos, proteções, aterramento) e como corrigir isso.
– A necessidade de cumprir o processo de homologação junto à COPEL, com vistoria e documentação precisa.
– Por que testes e comissionamento adequados são a última barreira antes da ativação segura do sistema.
– Como a manutenção preventiva contínua é vital para preservar desempenho e garantir a longevidade.
– Dicas para evitar empresas despreparadas e como prever expansão futura para crescimento sem dor.

✅ O que você deve fazer agora

1. Faça uma auditoria técnica preliminar do seu consumo e local (faturas, mapa do telhado, sombreamento), mesmo antes de buscar orçamentos.
2. Exija da empresa contratada credenciais técnicas, projetos com ART / CREA, laudos de ensaios e acompanhamento de homologação.
3. Solicite que o projeto já inclua simulações e previsões de expansão,  isso evita retrabalho caro no futuro.
4. Insista em comissionamento de qualidade e monitoramento nos primeiros meses, para garantir que o sistema entregue o que promete.
5. Adote plano de manutenção preventiva para manter o desempenho ao longo dos anos.

Por que escolher a BF Solar como parceira confiável

Na BF Solar, cada projeto On-Grid é tratado com rigor técnico e compromisso com resultados duradouros. Com uma estrutura especializada, projetos homologados pela COPEL, equipamentos certificados e suporte completo no pós-venda, buscamos mais do que instalar energia solar: buscamos soluções confiáveis que durem 25 anos ou mais.

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